Edição limitada com o barro da terra e o buinho da ribeira, pelas mãos de mestres alentejanos
O Projeto TASA Alentejo visou estender a este território a missão de inovar a atividade artesanal afirmando-a como uma profissão de futuro. Este projeto é realizado numa parceria entre a Proactivetur/Projecto TASA e a Simbiose – Associação para a promoção e valorização dos recursos naturais e tradicionais – e conta como o apoio da Câmara Municipal de Beja.
O concelho de Beja, tal como o resto do país, assiste à perda gradual das suas artes e ofícios ancestrais, pela idade avançada da maioria dos mestres-artesãos e extinção de algumas das atividades que caracterizam a cultura da região.
O Projecto TASA Alentejo acredita que a forma de manter os ofícios tradicionais ativos passa pela criação de soluções atuais ao nível dos objetos, pela capacitação de uma nova geração de artesãos que faça desta atividade uma profissão, e também por consciencializar o público para o valor cultural, ambiental e social da atividade.
Foi com essa missão que trabalhámos no terreno pesquisando e mapeamento os mestres e oficinas de artes e ofícios, promovendo uma rede ativa que ligasse artesãos e designers, concebendo os protótipos resultantes desta colaboração, e organizando um conjunto de atividades pedagógicas e criativas com a comunidade de Beja
Estamos felizes com os resultados e as perspetivas que poderão trazer para a afirmação das artes tradicionais de Beja.
Produtos resultantes do projeto
Da intervenção realizada surge uma edição limitada de peças, inspirada nos barros da terra, na ancestral tradição de olaria de Beringel, e no buinho da ribeira usado pelos mestres cadeireiros. O processo de preparação destas matérias-primas naturais é totalmente sustentável, na medida em que é o próprio artesão que recolhe as matérias-primas, no local, e as prepara de forma artesanal para serem utilizadas.
Desenvolvemos uma primeira edição limitada de produtos, respeitando a capacidade e os tempos de produção dos artesãos, assim como o próprio ciclo da natureza que influencia a disponibilidade dos materiais.
Barros de Beja – “panelas de servir”
A cultura alentejana está indelevelmente associada à sua rica e criativa tradição gastronómica. Os comeres de tacho levavam à mesa das famílias as deliciosas açordas, “jantares de grão”, ensopados…. À volta do tacho juntavam-se famílias, contavam-se histórias e exprimia-se a identidade de um povo. Esta coleção de panelas transporta este ritual para um novo ambiente. As peças são cem por cento da terra, produzidas com o barro de Beringel e o buinho da ribeira.
As panelas são práticas para transportar e levar à mesa. O barro tem a vantagem de manter a comida quente. A base de buinho evita o contacto direto com a superfície quente do barro e serve como base para colocar na mesa.
Artesãos: António Mestre (barro) + Manuel Pica (buinho)
Design: Inês Carvalho
Propriedade da Marca Projecto TASA
Barros de Beja – “assador de linguiça”
Este assador é inspirado numa das peças tradicionais da olaria da região – o fogareiro – um recipiente de forma semi-esférica onde se acendiam as brasas para grelhar o peixe, e cuja base em forma de cone servia para recolher as cinzas.
Esta peça é feita com o barro de Beringel e contém o recipiente onde se coloca o álcool e uma grelha que se retira para maior facilidade de limpeza. Contém ainda uma tampa feita em madeira de azinho.
Artesãos: António Mestre (barro)
Design: Inês Carvalho
Propriedade da Marca Projecto TASA
Buinho da ribeira – banco
A tradição de produção artesanal de assentos para as casas rurais é trazida para o ambiente contemporâneo. As formas curvilíneas da madeira conferem elegância a esta peça. A sensação de conforto é proporcionada pelo toque natural e flexível do assento.
Artesãos: Manuel Pica (buinho) + José Pedro Silva (Madeira de azinho)
Design: Hugo da Silva
Propriedade da Marca Projecto TASA